"A oração é algo natural do homem, como
falar ou suspirar, ou olhar, ou como latejar do coração enamorado. Na realidade
é também uma queixa. Nossa oração não é mais do que estabelecer contacto com
Deus. É uma comunicação com Deus e não necessita ser com palavras e nem mesmo
com a mente. A gente pode se comunicar com o olhar, com o sorriso ou com os
suspiros, ou contemplar o céu, ou beber a água. De facto todos os nossos atos
corporais são oração. Nosso corpo formula uma profunda ação de graças em suas
entranhas, quando sedento, recebe um copo d’água. Quando, num dia de calor,
mergulhamos num rio fresco, toda nossa pele canta o hino de ação de graças ao
Criador, ainda que esta seja uma oração irracional, que se faz sem nosso
consentimento e às vezes mesmo apesar de nós. O trabalho é uma oração
existencial. Deus nos envolve por todas as partes como a atmosfera.
A razão pela qual a gente não costuma experimentar a presença de Deus é porque estamos acostumados a que toda experiência nos venha de fora, e essa experiência é de dentro. Estamos voltados para o exterior, pendentes da sensação de fora e então nos passam inadvertidos os toques e as vozes de dentro."
A razão pela qual a gente não costuma experimentar a presença de Deus é porque estamos acostumados a que toda experiência nos venha de fora, e essa experiência é de dentro. Estamos voltados para o exterior, pendentes da sensação de fora e então nos passam inadvertidos os toques e as vozes de dentro."
(Thomas
Merton)
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