Thomas
Merton
Thomas
Merton nasceu em França, em 1915. Após ficar órfão, ainda jovem, frequentou
alguns colégios internos na França e na Inglaterra. Aluno brilhante, recebeu
uma bolsa de estudos para a Universidade de Cambridge, porém, Merton não
aproveitou muito a oportunidade afundado que estava em festas e vida boémia.
Formou-se
em inglês, pela Universidade de Columbia. Foi na época da universidade que
surgiu o interesse pela carreira de escritor, fazendo Merton escrever alguns
romances, ensaios e poesias. Mas pouca coisa dos trabalhos dessa época foi
publicada. Apesar da religião não ter ocupado um lugar significativo na sua
juventude, interessou-se pelo baptismo na Igreja Católica Romana. Quis tornar-se
um sacerdote na Ordem Franciscana, mas os franciscanos recusaram, por causa de
suas histórias da época de Cambridge. Aconselhado por um amigo, Merton foi para
um retiro na Abadia de Nossa Senhora do Getsémani, um mosteiro trapista nas
cercanias da cidade Louisville, em 1941. Lá, ficou impressionado com a
disciplina dos monges, fez um requerimento para ser aceito pelo mosteiro, o que
aconteceu em Dezembro de 1941.
Ao
entrar em Getsêmani, Merton pensou que sua carreira de escritor tinha se
encerrado. Porém, sua primeira tarefa no mosteiro foi escrever uma
autobiografia. O livro foi publicado em 1948, intitulado “The Seven Storey
Mountain”. De imediato se tornou um best-seller, vendendo 600.000 cópias no primeiro ano, e sendo
publicado até hoje.
Além
do sucesso de vendas, Merton recebeu muitas cartas, inclusive de pessoas
famosas. Foi aí que passou a ser visto como uma autoridade popular da vida
espiritual. Como os monges não podem ter acesso as notícias, foi através dessa profícua
correspondência que ficou a saber de
notícias que despertaram o seu interesse por justiça social.
Usando
o seu poder de liderança moral, Merton passou a escrever sobre diversos temas
que o preocupava, como a guerra nuclear, a guerra do Vietnam, o racismo e a
pobreza. Alguns líderes da Igreja Católica tentaram fazê-lo parar de opinar,
afirmando não ser esse o trabalho de um monge. Merton, então, teve que lutar
para conseguir que lhe permitissem falar publicamente sobre esses assuntos.
Merton
dedicou-se a falar basicamente sobre justiça social, espiritualidade e diálogo
inter-religioso. Seus conselhos foram silenciados em Dezembro de 1968,
justamente na data do aniversário de sua entrada no mosteiro de Getsêmani.
Merton faleceu num estranho acidente eléctrico em Bangkok.
O
seu túmulo é ainda hoje visitado por milhares de pessoas ( inclusive o Dalai
Lama, de quem se tornou amigo).
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