28 de março de 1948. Domingo de Páscoa.
Todas as macieiras floriram na Sexta-feira Santa. Esfriou e
choveu, mas hoje está muito claro, com o céu bem limpo. O salgueiro está todo
verde. Tudo está em botão.
E, no meu coração, a paz mais profunda, a claridade de Cristo,
lúcida e serena e sempre presente como a eternidade. Nessas grandes festas
somos levados ao topo de um platô na vida espiritual para termos uma nova visão
de tudo. Principalmente na Páscoa. A Páscoa é como o que há de ser, quando,
entrando na eternidade, brusca, tranquila e claramente você reconhece seus
erros, todos eles, bem como tudo o que fez bem: cada coisa se encaixa em seu
lugar."
Thomas Merton