“Temos uma máscara externa,
superficial, que juntamos às palavras e às acções que não representam
plenamente tudo o que há em nós; assim também, até as pessoas de fé tratam com
um Deus feito de palavras, sentimentos e slogans reconfortantes, menos o Deus
da fé do que o produto de rotinas sociais e religiosas. Esse ‘Deus’ pode
tornar-se um substituto da verdade do Deus invisível da fé, e, embora essa
imagem reconfortante possa parecer-nos real, ela é realmente uma espécie de ídolo.
Sua função principal é proteger-nos contra um encontro profundo com nosso
verdadeiro eu interior e com o verdadeiro Deus.
A intuição contemplativa da realidade
é uma percepção de valor: não uma percepção intelectual ou especulativa, mas
prática e vivencial. Não se trata apenas de observar, mas de dar-se conta. Não
é algo abstracto e geral, mas concreto e particular. É uma compreensão pessoal
do sentido e do valor existenciais da realidade.”
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