domingo, 12 de janeiro de 2014

Penetrar no mistério da verdade


 
“Na leitura, por exemplo, passamos de um pensamento a outro, seguimos o desenvolvimento das ideias do autor e, se lermos bem, contribuímos com algumas  ideias próprias. Essa actividade é discursiva. A leitura se torna contemplativa quando, em vez de raciocinar, abandonamos a sequência dos pensamentos do autor, não só para seguir nossos próprios pensamentos (meditação), mas simplesmente para erguer-nos acima do pensamento e penetrar no mistério da verdade, que é vivido intuitivamente como presente e real.
A intuição contemplativa da realidade é uma percepção de valor: não uma percepção intelectual ou especulativa, mas prática e vivencial. Não é só uma questão de observar, mas de dar-se conta. Não é algo abstracto e geral, mas particular e concreto. É uma captação pessoal do sentido e valor existencial da realidade.”
 
 
 
 

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