quarta-feira, 23 de outubro de 2013

Premonição


 

Ainda em "Homem Algum é Uma Ilha", encontramos um “traço” daquilo que se desvelaria no futuro. Escrito treze anos antes de sua morte solitária e trágica nos confins da Ásia, este parágrafo tem um amargo sabor premonitório: 

"Uma morte silenciosa pode testemunhar uma paz mais eloquente do que a morte marcada por expressões ‘de efeito’. Uma morte solitária, uma morte trágica pode podem ter mais a dizer da paz e da misericórdia de Cristo, do que muitas mortes tranquilas."

 

 

 

Thomas Merton: trecho final da sua última conferência - Legendado (Portu...


quinta-feira, 10 de outubro de 2013

Discernimento


 

 

“O problema básico e mais fundamental da vida espiritual é essa aceitação de nosso eu oculto e sombrio, o qual temos a tendência a identificar com todo o mal que há em nós. Devemos aprender a separar, pelo discernimento, o mal nascido de nossas acções da boa raiz da alma.”


 

O sentido da vida revelado no amor


 
 

“ O amor é o nosso verdadeiro destino. Não encontramos o sentido da vida sozinhos, e sim com outro. Não descobrimos o segredo de nossas vidas apenas por meio de estudo e de cálculo em nossas meditações isoladas. O sentido de nossa vida é um segredo que nos tem de ser revelado no amor, por aqueles que amamos. E, se esse amor for irreal, o segredo não será encontrado, o sentido jamais se revelará, a mensagem jamais será descodificada. No melhor dos casos, receberemos uma mensagem embaralhada e parcial, que nos enganará e confundirá. Só seremos plenamente reais quando nos permitir-nos amar — seja uma pessoa humana ou Deus.”

 

quarta-feira, 9 de outubro de 2013


A distância mais longa


A escuridão me basta



 

"Senhor, é quase meia-noite e estou Te esperando na escuridão e no grande silêncio.
Lamento todos os meus pecados.
Não me deixe pedir mais do que ficar sentado na escuridão, sem acender alguma luz por conta própria, nem me abarrotar com os próprios pensamentos para preencher o vazio da noite na qual espero por Ti.
Deixa-me virar nada para a luz pálida e fraca dos sentidos, a fim de permanecer na doce escuridão da Fé pura.
Quanto ao mundo, deixa-me tornar-me para ele totalmente obscuro para sempre. Que eu possa, deste modo, por esta escuridão, chegar enfim à Tua claridade.
Que eu possa, depois de ter me tornado insignificante para o mundo, estender-me em direção aos sentidos infinitos, contidos em Tua paz e Tua glória.
Tua claridade é minha escuridão. Eu não conheço nada de Ti e por mim mesmo nem posso imaginar como fazer para Te conhecer.
Se eu te imaginar, estarei errado.
Se Te compreender, estarei enganado.
Se ficar consciente e certo que Te conheço,  serei louco.
A escuridão me basta".

 

 (Thomas Merton)