segunda-feira, 30 de dezembro de 2013

Onde está o Amor?

“Onde está o silêncio? Onde a solidão? Onde o Amor? 

Em última instância, em nenhum outro lugar exceto na base de nosso próprio ser. Lá, na profundeza, não há mais distinção entre o eu e o não-eu. Há perfeita paz, porque estamos alicerçados em infinito Amor criativo e redentor. Lá encontramos Deus, que os olhos não veem...” 

 “Onde não há paz, não há luz nem Amor.”

De que adianta orar?

“Sem coragem, jamais poderemos atingir a verdadeira simplicidade. A covardia nos mantém num espírito dúbio - hesitante entre o mundo e Deus. (...) E essa hesitação impossibilita a verdadeira oração – nunca ousa realmente pedir algo ou, se pede, está tão incerta de ser ouvida que, no próprio ato de pedir, procura subrepticiamente construir, pela prudência humana, uma resposta artificial.”

“De que adianta orar se, no próprio momento de oração, confiamos tão pouco em Deus que nos dedicamos a planejar nosso próprio tipo de resposta à nossa oração?”

terça-feira, 10 de dezembro de 2013

Efeméride por um Amigo

Faz hoje 45 anos que Thomas Merton partiu, uma partida anunciada pelo próprio poucos momentos antes, naquele seu jeito cheio de certeza e confiança que arrebatou e arrebata todos aqueles que têm a graça de poderem conhecer este Avatar através do enorme legado que nos deixou.

Hoje chorei-te, como se chora a ausência da
nossa alma fugidia que voou ao teu encontro
e me deixou, por momentos sozinha.

A Thomas Merton, o meu profundo reconhecimento e amor


Maria Adelina


10 de Dezembro 1968



Sepultamos Padre Louis [Thomas Merton] ontem atrás da igreja do mosteiro em uma encosta sob um cedro, de onde se tem uma vista ampla das montanhas cobertas de bosques que ele amava. Estranho, pois só ao escrever isto percebi que ele tinha mesmo de ser sepultado lá, onde não há muros obstruindo a vista. A parte do cemitério cercada pelo muro logo atrás da igreja está cheia há alguns anos. Padre Louis está em um lugar aberto de onde se pode ver a beleza do campo ao redor. Combina.

Para ler o artigo completo aceda a

http://www.ocampones.com/?p=9637

segunda-feira, 9 de dezembro de 2013


Quando se destrói o amor destruímo-nos a nós mesmos

Em certo sentido, esta situação terrível é o padrão e protótipo de todo o pecado: a vontade deliberada e formal de rejeitar o amor desinteressado por nós pela razão puramente arbitrária de simplesmente não o querermos. Queremos separar-nos desse amor. Nós o rejeitamos total e absolutamente e não queremos reconhecê-lo, simplesmente por que não nos agrada ser amados. Talvez o motivo mais profundo é que o facto de sermos amados desinteressadamente nos lembre de que todos precisamos do amor dos outros para levar avante nossa vida. Recusamos o amor e rejeitamos o convívio, à medida que isto parece à nossa perversa imaginação, implicar uma forma obscura de humilhação, dado que  é nosso ego, nossa personalidade, portadora da consciência da separação, ela é que rejeita, tantas vezes, esse amor desinteressado, em razão de colocar em xeque a sua prepotência. Na verdade, penso, o amor dos outros e o amor aos outros é sempre o amor do mesmo pelo mesmo, pois só no nível da aparência é que somos múltiplos. Somos, de fato, UM, mas nosso ego nos engana. O UM que somos é AMOR, raiz de toda vida, de toda forma, de tudo aquilo que existe.


The Seven Story  Mountain, de Thomas Merton